“Em 2021, estávamos imersos no processo de criação, de constatações, de desconstruções, de encontros, de luto, de luta… da morte que nos espreitava ainda mais, ou da vida que, em gotas, nos alertava que ainda era/é preciso acreditar, amar, dançar, cantar, contar, se aquilombar.
Que nem um tapete de sururu, a gente se entrelaçou para resistir e existir.
Foi possível Ser-Ver-Ler a imagem de uma margem onde mulher, homem e natureza estão completamente interligados, se invadindo e se retroalimentando. Ali, Fortalecia no grupo a noção de comunidade e o espetáculo”Narrativas Encontradas Numa Garrafa Pet Na Beira da Maré” brota daí.”
E, para SENTIR no corpo A MARé é preciso dar um flecheiro E SE DEIXAR LEVAR.
Conduzidos pela Sabedoria da cozinheira, marisqueira @SandraHelena, uma liderança da comunidade e que há mais de 40 anos respira o universo do mangue. (Ela é da família Gens e já contribui muito com nossos processos, inclusive quando pegamos “emprestado” um box de alumínio do quintal dela para usar no cenário há uns 10 anos e nunca devolvemos kkk, temos muito dela em Narrativas, por exemplo)
Através das vivências que tivemos na EXTINTA comunidade ribeirinha da Ponte do Pina, Recife-PE, pudemos perceber os sinais da maré, nos aproximar da sabedoria presente nas comunidades ribeirinhas, tatear os riscos, dentre tantos atravessamentos que, aqui, as palavras não conseguiriam descrever.
Sim, a comunidade foi extinta, mas teatro-arte é memória, e A COMUNIDADE CONTINUA VIVA através dos seus moradores e ,nossa montagem, vem com intuito de contribuir para que as nossas histórias não sejam mais apagadas.
