PORTFÓLIO
AMOR DE ZÉ E MARIQUINHA (2009 - 2011)
A peça aborda o amor entre Zé e Mariquinha, que lutam em meio a todas as adversidades inerentes ao sertão, por um espaço, onde os bens financeiros não superem o sentimento. O espetáculo discute o coronelismo, as questões da seca e as relações político/sociais enfrentadas
pelos moradores de um pequeno vilarejo localizado no fim do terceiro mundo.
60 SAUDOSOS
(2012)
Retrata a vida de três amigos com 60 anos, vivendo na década de 60, um deles, Francisco, é diagnosticado com tumor cerebral, tendo apenas 60 dias de vida pela frente. Em meio a todo o fervor político/social presente no Brasil, Francisco decide desbravar todos os sonhos adiados durante sua vida. Num paralelo, a peça retrata todo sofrimento que a sociedade brasileira vivia durante o golpe militar de 1964.
BANDEIRA NO TELESCÓPIO DE TRÊS AMIGOS DO RECIFE (2013)
O espetáculo é entrelaçado por contos, poemas e sonetos de escritores pernambucanos numa abordagem intimista. A poesia ganha forma na tez do casal de atores, numa dramaturgia que se constrói a partir da vida e obra do poeta modernista Manuel Bandeira sob a ótica de alguns poetas conterrâneos. A poética pernambucana é exaltada e numa perspectiva modernista sob à ótica das mazelas do povo.
RASGANDO ESCURIDÃO
(2014)
Em “Rasgando Escuridão”, os olhares se abrem para as pessoas com deficiência. Suas dores e felicidades ganham a cena, e lançam questionamentos sobre a acessibilidade e a inclusão. A dramaturgia narra a história de uma mulher tetraplégica que, se liberta através das partículas do seu pensamento, liberta-se da inércia e se abre para o mundo.
FAVELA Ê FAVELA
(2015)
A peça retrata, por meio de personagens burlescos, a vida dentro de uma favela. Na obra é possível constatar, por meio do riso, as dores e delicias desta múltipla comunidade.
A PODRIDÃO QUE HÁ MIM (2016 - 2019)
A “Podridão que há em mim” foca no relacionamento das causas político/sociais enfrentadas no dia a dia das cidades, e, por extensão, nos indivíduos, na construção da sua forma de pensar e agir a partir desses modelos culturais, e de como esses fatos interferem em suas interpretações de mundo. A dramaturgia visa trazer à tona uma reflexão sobre patologias psicológicas por vezes marginalizadas pelo cânone social, tais como: a depressão, pedofilia, esquizofrenia e ninfomania.
Diante deste cenário proposto ao processo, a (des)construção é constante, ao mostrar, em paralelo, o fortalecimento da importância de debater temas tão atuais que o país vem sofrendo como o racismo, a transfobia, a corrupção, intolerância religiosa, a extinção dos investimentos na cultura e tantos outros assuntos urbanos.
POLITICAMENTE VOS DIGO: (DeS)cOnTRuÇãO (2017 - 2019)
O intuito dessa performance foi promover uma reflexão sobre as questões político-sociais que afetam o país e como essas questões se manifestam na sociedade. Reconhecendo que o grito é essencial para a revolução, o grupo São Gens propõe, por meio do jogo cênico, explorar uma variedade de questionamentos que abrangem os diferentes corpos, formas e consciências das diversas representações humanas. Ao expor, por intermédio de seus personagens, as podridões ocultas que cada indivíduo carrega consigo e a diversidade de suas ações no ambiente em que estão inseridos.
DIÁRIO DA INDEPENDÊNCIA (2018 - 2023)
Um espetáculo manifesto/denúncia que discorre sobre a população em situação de rua. Visando discutir através do olhar artístico sobre as medidas necessárias para garantir melhores condições para a população que vive nas ruas, praças e avenidas das nossas metrópolesú
EU CONTO, TU CONTAS, NÓS CONTAMOS: UBUNTU, UMA LINDA AVENTURA NA FLORESTA AFROBRASILÂNDIA (2018/2023)
O Espetáculo para a infãncia e Juventude é fruto de uma pesquisa desenvolvida por artistas negros(as) durante 2 anos. E conta com uma dramaturgia coletiva inspirada na obra do antropólogo Raul Lody. A obra conta a história da criação do mundo a partir do olhar afro-brasileiro. Entoado pelos sons, ritmos, cores, músicas e muito axé, a montagem dá vida a história de duas lindas flores pretas, que vivem num colorido jardim na floresta Afrobrasilândia, mas que se questionam todos os dias porque suas cores não estão representadas no arco íris. Frente a esse questionamento, elas decidem desbravar toda floresta em busca da resposta. Oxumaré, ao ver o desespero das amigas flores, decide enviar três cores crianças africanas para ajudá-las nessa aventura. . A partir daí, sendo conduzidas pelos Orixás e movidas pela energia do Ubuntu, elas iniciam uma linda aventura por entre os mistérios sobre a criação do mundo e do homem aos olhos da Mãe África.
Delivery Dramaturgo (2021)
E-book Delivery Dramatúrgico, é uma obra que mira seu olhar nos/nas dramaturgues pernambucanos(as) e seus processos de criação em meio ao contexto pandêmico. O livro reúne dramaturgias de seis dramaturgues de cinco grupos de teatro pernambucanos.
O livro é composto por dramaturgias de: Anderson Leite (Grupo São Gens), Emmanuel Matheus (A construção do ator), HBlynda Morais (Grupo São Gens e Iyá Orun), Leandro Navarrete (Cia N.A.V.A. de Teatro), Raphael Gustavo (Cia Experimental de Teatro) e Rodrigo Dourado (Teatro de Fronteira); cada um com uma abordagem e uma proposta cênica distinta.
POETICà MARGEM (2021/2022)
Sua pesquisa, aprovada no Edital FUNCULTURA/PE, POETICà MARGEM nasce de uma investigação acerca de um conjunto de abordagens vivenciadas pelo coletivo em seu repertório cênico, sendo a poética das populações marginalizadas a base de estudo do grupo .
A investigação cênica desenvolvida pelo Grupo São Gens, tem o intuito de discutir, através do olhar teatral, os problemas político/sociais postos à margem pela sociedade. A pesquisa POÉTICà MARGEM vem gerando alguns frutos, dentre os quais, está a criação e Circulação Nacional do espetáculo, “Narrativas Encontradas Numa Garrafa Pet na Beira da Maré”, performances e, em maio desse ano, o Lançamento da “Revista POÉTICà MARGEM”, com tiragem de 500 exemplares, com distribuição gratuita, além de uma versão digital que será compartilhada com livre acesso, que trará os dados e conceitos por trás da investigação cênica, um breve passeio pela história do grupo e um mapeamento de alguns artistas que desenvolvem seus processos artísticos a partir das relações periférico-marginais.
NARRATIVAS ENCONTRADAS NUMA GARRAFA PET NA BEIRA MARÉ (2021/2024)
O espetáculo “Narrativas Encontradas Numa Garrafa Pet na Beira da Maré”, do Grupo São Gens de Teatro coloca em evidência o espaço urbano do Recife e sua relação com as margens, discutindo os problemas inerentes ao fluxo contínuo de uma favela, suas poeticidades e mazelas. A montagem se baseia no universo do mangue, das palafitas, da maré e da diversidade dos sujeitos e suas narrativas. A peça foi criada a partir da vivência do ator e dramaturgo Anderson Leite e sua família, na comunidade ribeirinha da Ponte do Pina (Recife/PE), na qual encontram a subsistência por meio da pesca de marisco e sururu.